Coisas que gostava de ter sabido aos 20
notas para o meu eu interior.
“Becoming who you want to be is just like anything else. It takes practice. It requires belief that one day, you’ll wake up and be a natural at it.”
- The Wedding People, Alison Espach
Hoje, entre estudantes universitários, dei por mim a reflectir sobre o que gostava de ter sabido, e de ter dado a mim própria, quando estava nos meus 20 anos.
A coragem para tentar e aprender com os erros, com leveza. Não levar a vida demasiadamente a sério. Na altura, o meu perfeccionismo consumia‑me e levava muitas vezes à paralisia na tomada de decisões. É irónico, porque no meu Human Design (3/5) o caminho é precisamente aprender através da experimentação. Gostava de ter sabido que não era preciso ter todas as respostas nem um caminho claro. Que era suficiente experimentar, errar e ajustar.
A capacidade de acolher todas as emoções. Senti‑las por completo, sem ser engolida por elas. Dar‑me permissão para aceitar e celebrar todas as partes de quem sou - as manias, as emoções, as contradições. Tudo o que me torna, simplesmente, eu.
Não tentar ser “normal”. A ideia de normalidade, de querermos encaixar na média de uma curva gaussiana teórica para sermos mais aceites na sociedade, acaba por nos prejudicar e afastar da nossa essência e das nossas pessoas. E, paradoxalmente, faz‑nos sentir ainda mais deslocados. Eu estou a ver Heated Rivalry da HBO Max, ao mesmo tempo que estou a ler um livro de espiritualidade e Wuthering Heights. Nada disto me define.
Não medir o meu valor pela validação externa. Quando colocamos, com frequência, o nosso valor nas mãos dos outros ou em métricas externas: seguidores, o que vestimos, quanto ganhamos, o que vemos ser partilhado nas redes sociais; acabamos, naturalmente, por nos sentir insatisfeitas connosco próprias. Para isso, é inevitável trabalhar as feridas da nossa criança/adolescente interior. Ninguém chega à idade adulta sem traumas.
Algo que me ajudou, e de que acho que não falamos o suficiente, é o quão poderoso é ter amigas mais velhas. Tenho uma amiga que está agora nos seus 60 e que conheci num curso no ISCTE, quando tinha acabado a faculdade. E, honestamente, poder ter a perspetiva de alguém com outra experiência de vida, que viveu experiências diferentes em décadas diferentes, que não pertence à nossa família, é algo que todas devíamos procurar cultivar.
Ter um grupo de amigas e amigos de diferentes idades, origens culturais, percursos académicos, mindsets e experiências: mais novas com quem, por vezes, assumimos um papel de mentoras, e mais velhas que nos ajudam a ganhar perspetiva; é o que constrói uma comunidade mais rica, com mais significado e mais humana. Estar com um grupo de mulheres alinhadas é, por si só, uma activação. Assim como ter a coragem de partilhar e de ser vulnerável.
Talvez por isso sinta tanta compaixão por quem está a tentar tornar‑se a sua melhor versão. Olha para o teu eu mais novo com gentileza: estava a fazer o melhor que sabia, com as ferramentas que tinha. Cada passo, cada falha, faz parte do caminho 💌
Notas para não esquecer:
Faz terapia para aquilo que ainda não consegues aceitar.
Aprende com os teus erros.
Não acredites em tudo o que pensas.
Diverte‑te.
Só porque consegues aguentar algo, não significa que o devas. Esta aprendizagem teria poupado muitas horas de exaustão disfarçada de força e coragem.
Não cortes franja, mesmo se estiveres aborrecida ou de coração partido. Não deixes que uma franja seja um reminder de decisões pouco pensadas.
Todas as emoções são válidas. Sente‑as.
Aceita todas as tuas contradições.
Mereces ser vista e aceite.
Não quebres promessas feitas a ti própria.
Aceita todas as partes de ti - a luz, a sombra e tudo o que não tem nome.
Sê a tua versão mais autêntica.
Pequenas coisas que tenho gostado:
- um Red Light Mat que comprei para me ajudar a recuperar da minha fractura. Escolhi um mat (colchão?) em vez de um painel porque é dobrável e é mais compatível com o meu estilo de vida. Uso de manhã e à noite para relaxar os músculos e diminuir a inflamação das articulações. Bom para quem sofre de dores menstruais. Coloco-o dentro da cama, com o timer enquanto medito. O meu tem as frequências 660 nm + 850nm +940nm. Coloquei os links que contêm alguma informação que suporta o uso destas frequências. Existe imensa informação contraditória nesta área, por isso é difícil saber no que confiar. Não uso no rosto, porque ainda preciso de fazer mais pesquisa tendo em conta a minha tendência a ganhar manchas.
- óleo de rícino (castor oil). Colocar umas gotas no umbigo antes de dormir quando estou inchada, faz maravilhas. Pode manchar a roupa.
- máscaras de tecido. Eu sei que não são muito sustentáveis, mas infelizmente não consigo os mesmos resultados com máscaras em tubo (a melhor que tenho é a Sisley Black Rose). Estou a adorar as da Rejuran PDRN (mas o fitting é estranho, mas dão muito glow). PDRN, DNA de salmão é algo que já é falado na Ásia há alguns anos (principalmente em injeções!), mas a Rejuran é a única marca que tem a patente sobre o seu uso.
xx,
Andreia



